sábado, 31 de janeiro de 2015

Quem decide como você se comporta? Rosana Braga

Sim, estou fazendo essa pergunta para você agora! Quem decide como você se comporta? Posso imaginar você respondendo instantaneamente: "eu mesmo, claro!". Só que, antes de responder tão rapidamente, e com essa certeza inabalável, quero te contar uma história. 

Havia um rapaz que, todas as manhãs, antes de entrar pro trabalho, passava num café próximo da empresa onde também comprava o jornal do dia. O nome dele era João. E o senhor que atendia os clientes estava sempre de cara amarrada, mal humorado. Nem olhava pro rosto de João, não respondia ao 'bom dia' que ele sempre dava e, ao entregar o jornal e o troco, era ríspido da mesma forma.

Algumas vezes, João ia tomar café e comprar o jornal com seu amigo Pedro. E certo dia, indignado com aquela situação, Pedro não aguentou mais e perguntou a João:

João, esse cara sempre te trata assim, com tanta ignorância?

E João respondeu: Pois é, infelizmente sim. E o pior é que nem é só comigo.

E Pedro, ainda mais inconformado, continuou: Dê um basta neste velho e o trate com a grosseria que ele merece! Não consigo entender seu comportamento! Por que você insiste em ser gentil com ele, sempre dizendo 'bom dia', 'obrigado', 'por favor' e ainda sorrindo? 

E João, com a mesma gentileza de sempre, explicou: Porque eu não quero que ele decida como eu devo agir!

E você, o que faria em situações semelhantes? Nesta história, a pessoa que provocava era apenas uma conhecida. Alguém com quem João não convivia. Mas, em geral, as pessoas que mais despertam nossa intolerância e nossa falta de gentileza são aquelas com quem mais convivemos. E, estranhamente, aquelas que mais amamos.

Claro que tendemos a concluir que sao elas as culpadas e, portanto, as responsáveis por nosso comportamento impaciente e grosseiro. Afinal, pensamos, elas nos irritam, fazem coisas de que não gostamos. Mas. será??? Porque se for, então são elas, com as atitudes delas, que decidem como nós nos comportamos?

Bem, o fato é que, gostemos disso ou não, cada um de nós é responsável pelo modo como age e, principalmente, pelo modo como reage às circunstâncias da vida. Culpados ou não, somos nós que teremos de lidar com as consequências de cada uma de nossas atitudes.

Então, minha sugestão é para que você tome uma decisão. A decisão de mandar em si mesmo. A decisão de ser o dono de sua própria história, de sua própria vida. E, assim, a decisão de ­ antes de agir ou reagir a qualquer acontecimento ­ se perguntar: o que eu realmente quero com isso?

Porque fico espantada com o número de mensagens que recebo de pessoas profundamente tristes, frustradas e arrependidas por não terem tratado bem os seus amores quando ainda era tempo. Por terem acreditado que nada abalaria esse amor, esse relacionamento, mas descobrir da pior forma possível que estavam enganadas.

Não deixe para pedir desculpas somente quando já não tiver mais importância. Não deixe para demonstrar o que sente somente quando o outro for embora. Não deixe para amar na prática e com atitudes coerente só depois que seu coração for atropelado e esmagado pelo abandono. Faça o seu amor valer a pena! 

Rosana Braga

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