Sempre que disseres
Roubas te a ti mesmo.
Tu, que és senhor de tudo...
Deixa os escravos rugirem,
Querendo.
Inutiliza o gesto possuidor das mãos.
Sê a árvore que floresce
Que frutifica
E se dispersa no chão.
Deixa os famintos despojarem te.
Nos teus ramos serenos
Há florações eternas
E todas as bocas se fartarão.
Cecília Meireles
Nenhum comentário:
Postar um comentário