Como
palestrante entro em contato com um número imenso de mulheres em todo o
Brasil. Tenho percebido que por mais que sejamos batalhadoras, bem
resolvidas, grandes parceiras, excelentes profissionais ou mães
dedicadas, sempre acabamos sendo rotuladas por algum motivo. Já reparou
nisso?
Se você é inteligente, é uma ameaça.
Se é bem sucedida, é questão de sorte e não de competência.
Se é gordinha, é uma baleia.
Se é magra, é neurótica.
Se é linda, é burra.
Se for taxada de feia, é sobra.
Se quiser casar, é desesperada.
Se não quiser casar, é predadora.
Se quiser ter filhos, é descomprometida com a carreira.
Se não quiser ter filhos, é egoísta.
Se gosta de sexo, é vagabunda.
Se não tiver descoberto o prazer, é geladeira.
Se tiver opinião, é mandona.
Se for tímida, é insossa.
Se tiver ambição, é interesseira.
Se quiser adotar uma vida simples, é alienada.
Se gosta de cuidar da casa e da família, é mulherzinha.
Se não gosta das atividades do lar, é uma porca.
Se for religiosa, é beata.
Se for questionadora, é bruxa.
Se rir alto, é escandalosa.
Se não rir, é mal humorada.
Se for solteira, é encalhada.
Se for separada ou viúva, é concorrente.
Se for alegre, é fingida.
Se for discreta, é antipática.
Não
somos produtos. Não somos embalagem.
Não somos objetos. Não precisamos de rótulos.
Repense nos preconceitos que você sofre.
Repense nos preconceitos que você nutre e reproduz sobre si mesma e em
relação a outras mulheres. Todos eles, de uma forma ou de outra,
respingam em todas nós.
Preconceitos
oprimem e adoecem a alma feminina. Cada estigma que aceitamos, torna-se
um fardo pesado que acabamos carregando por uma boa parte das nossas
jornadas e que sabota profundamente a nossa alma e os nossos talentos. Repense.
Lígia Guerra
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