quinta-feira, 8 de março de 2012

Fome e sede de amor - Roque Schneider

Somos gente e não máquinas.
Pessoas e não robôs.
Seres humanos, de carne e osso, de corpo e alma, de cérebro e coração.
Misteriosos poços de sensibilidade.
Tremendos abismos de afetividade.
Nem anjos, nem bestas. Coluna do meio.
Carentes, sofridos. E um corpo pedindo.
E leis proibindo.
Somos gente. Imagens, em miniatura, do próprio Deus.
De um Deus, amigo, Pai, GENTE!

E por isso mesmo, o que mais nos falta, o que mais pedimos, quase de joelhos, é uma única coisa, sem a qual não conseguimos viver... como gente...
É um apelo que brada. É uma fome profunda. É um oceano que estruge. É uma sede que mata, estraçalha e punge lá dentro, na raiz primeira do nosso ser: FOME E SEDE DE AMOR!

AMOR, com muitos nomes e sobrenomes.
Com apelidos até.
Ternura, amizade, proteção, carinho, segurança, atenção, desvelo, simpatia, cordialidade. Dois olhos amigos luzindo conforto.
Um ombro fraterno nas horas amargas, nas horas de enlevo.
Um timbre macio de voz benfazeja, querida. Resposta de afeto. Calor humano... AMOR!

Quem oferece as flores do coraçãe planta canteiros que não morrem!
E a noite floriu estrelas, quando a esperança iluminou minha vida!

O que faz alguém ser alguém
é a compreensão,
a convivência,
o amor,
a valorização.

Roque Schneider – Pausa para meditação

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