Não é ter defeitos,
Ser sem graça, ser sem jeito,
Me distanciando da perfeição
Que você, talvez,
Espera e deseja.
O que dói mais em mim
É não ser completa
Nos seus desejos de homem;
O que dói em meu peito
É ser torta e desfigurada
Ser algo detestável
Dentro do seu coração.
O que dói mais em mim
É que eu só saiba ser rosa
Que, embora un tanto formosa,
Não deixa de ter espinhos.
Sou, quem sabe,
Um mal que te faz bem
E em outras horas
Um bem que te faz mal,
Te magoa como ninguém.
O que dói mais que tudo
É não estar à altura
E continuar na loucura
De querer, sempre e mais,
Ser sua.
Letícia Thompson
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