dá-me a lucidez das
correntezas para que eu descubra
entre as tristezas que se
avolumam algum
sorriso mesmo
que não seja para mim
dá-me a serenidade de uma
estrela para que eu imagine
entre as lágrimas que não
me deixam qualquer
paz ainda
que breve
dá-me a claridade das
luas cheias para que eu invente
entre as angústias que se
esparramam um
horizonte mesmo
que se transmude em ilusão
dá-me a esperança das
árvores para que eu teça
entre as ausências que se
imensificam uma sanidade ainda
que estofada de
delírios
Adair Carvalhais Júnior
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