domingo, 23 de outubro de 2011

A generosidade é contagiante - Letícia Thompson



Quanto mais caminho, mais percebo o quanto o mundo anda sedento. 

As pessoas correm, sofrem, se desesperam e continuam buscando a felicidade como se essa fosse apenas uma miragem nesse imenso deserto que a vida se transformou.

Há muita gente no mundo, milhares e milhares. 

Portanto, a solidão continua assolando vidas, maltratando corações que, no fim do dia e das contas acabam desacreditando nas portas que se abrem a elas.

Cada qual pensa no próprio eu e todo mundo se isola. 

Enquanto isso, a vida continua, cresce a indiferença, cresce o desamor, multiplicam-se as depressões e incompreensões.

As pessoas sentem-se vazias e reagem como pessoas vazias.

Vazias, pelo menos, de amor e caridade, mas cheias de tristezas e desilusões.

Há, portanto, dentro de cada um de nós um poço de possibilidades e compartilhar de si é deixar-se um pouquinho em cada um.

Só não tem nada para oferecer quem possui um coração vazio, não as mãos.

E acabar com a solidão de alguém é contribuir para o fim da própria solidão. 

Oferecer a esperança é dar-se a si uma nova chance, é reabrir portas, é descobrir o novo e entregar-se a ele.

Há melhor presente no mundo que o dom de si?

Há coisa mais bonita que saciar o coração de alguém?

Devolver a esperança, por menor que seja ela, é dar às pessoas a oportunidade de descobrir o outro lado da vida, aquele que, embora um pouco esquecido, ainda existe.

O dia tem 24 horas e parece muitas vezes que são insuficientes para fazermos tudo o que temos que fazer.

Lamentamos a falta de tempo para isso ou aquilo e pensamos que um dia, quem sabe, se atingirmos a bênção da velhice tranquila, poderemos dar um pouco mais de nós aos outros.

Quanto engano!

Podemos dar de nós a cada dia e a cada hora, agindo com o coração e tendo uma atitude que nos torna diferentes em qualquer lugar.

Pode-se resistir ao ódio por muito tempo, mas quem resiste à ternura, ao afeto, ao amor e à boa-vontade?

Quando as pessoas agirem com menos egoísmo e ao invés de ruminarem a própria infelicidade começarem a agir para o bem do próximo, as doenças da alma começarão a encontrar a cura e o amanhecer terá para cada um de nós um outro rosto, mais sereno, mais amigo e mais esperado.

Letícia Thompson

Um comentário:

  1. alma que cura.muitas veses nos sentimos tao vasios e pensamos nao temos nada a oferecer. mas se meditarmos bem. quantas pessoas estar presizando de um abraco.uma palavra.ate mesmo um piscar de olho. um jesto de carinho que pode mudar o senario frio.da vida de alguem.a carençia de amor e muito grande.pessoas que tem tudo e nao o mas inportante que sacia a alma.o afeto cotidiano no seu coraçao.a alegria. de se sentir gente.podemos ser uteis neste mundo nos esvaziando de nos mesmo e se doar um pouco de si.pra nossas propia cura.e ver como nos sentimos tao bem.e ver alguem ao o nosso lado tao felis. e a nossas almas curada.pelo o amor compartilhado.nesta geraçao. e almas saradas. amado28@live.com blogssouzaygisshe.blogspot.com

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