segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Diferenças não são defeitos - Roberto Shinyashiki



Sendo cada ser humano único e diferenciado,
 só existe um modo de possibilitar
 a vivência a dois: o conhecimento e o respeito
 das diferenças de cada um,
 que precisam ser aceitas e ajeitadas pelo casal. 
Só assim a riqueza das diferenças do casal
 pode criar algo novo e especial na relação.
Se duas pessoas são distintas, pensam
 de modos diferentes e atuam em estilos diversos, sua união pode oferecer mais alternativas
 e maiores possibilidades, já que a soma das
 experiências e características do casal
 é bem maior do que seria,
 caso eles fossem muito parecidos.

É comum os dois desejarem coisas diferentes,
 simultaneamente. Pode ser que um queira
 comprar novos móveis e o outro fazer uma viagem.
 Em vez de ficar dizendo um ao outro que o desejo
 dele é bobagem, é muito mais eficaz organizar
 o orçamento familiar,
 de forma a conseguir atender aos dois.

Não adianta querer convencer o outro de que a
 vontade dele é desnecessária e sem razão,
 porque isso vai acabar gerando insatisfação e
 produzirá focos de conflitos em outras áreas.

É fundamental termos claro, em nossas mentes,
 as coisas em que somos diferentes um do outro
 e o que é de real importância modificarmos,
 para que o relacionamento não apenas sobreviva,
 mas seja um crescer contínuo.
 É importante saber que o limite que cada
 um de nós tem hoje, tanto poderá ser mantido,
 como poderá evoluir e aumentar as possibilidades
 de aceitação e mudança.
 Isto será um passo à frente do ponto de equilíbrio,
 em busca do encontro com o amor.

Mas se você usa a fórmula de encontrar defeitos
 nas outras pessoas para livrar-se de situações
 embaraçosas, que você não quer enfrentar,
 pergunte-se como estará daqui a dez anos se
 continuar com esta conduta. Por acaso, para
 dissolver qualquer tipo de vínculo amoroso, você começa a colocar defeitos no parceiro ou então
 procura outra pessoa, fora da relação,
 para servir de “carona”?
 Caso você queira evitar intimidades e
 se esquivar de uma entrega à alguém,
 a solução mais fácil é encontrar defeitos.
 Isso porque, se o outro tem muitos defeitos,
 você se sente especial, com mais qualidades,
 e assim, está se valorizando
 à custa dos defeitos dele.

Não necessitamos destruir ninguém para sermos
 livres, valorizar-nos, ou para decidir se é bom
 ou ruim nos entregarmos inteiramente a alguém.

Geralmente a pessoa que põe defeito no outro
 guarda uma tristeza, lá do passado.
 Possivelmente, alguém a criticava muito
 quando criança. A maior parte dos nossos
 comportamentos são aprendidos,
 e muito do que se considera defeito,
 na verdade, é apenas diferença.

Quando duas pessoas estão empenhadas
 em manter uma relação saudável e gratificante,
 ambas fazem mudanças e concessões.
 Uma das coisas mais importantes,
 e lamentavelmente raras na relação,
 é perceber que o outro mudou.
 Os dois mudam e crescem juntos,
 ou a mudança e o crescimento apenas de um
 vai ameaçar muito o ponto de equilíbrio do outro.
 Portanto, é básico, na caminhada para o amor,
 que o casal programe seus passos
 o mais próximo possível um do outro.


Do livro "A Carícia Essencial", Editora Gente.

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