domingo, 18 de setembro de 2011

Milagres da amizade - Roque Schneider



A amizade torna os fardos mais leves, porque os divide pelo meio. 
A amizade intensifica as alegrias, elevando-as ao quadrado 
na matemática do coração. 
A amizade esvazia o sofrimento, porque a simples lembrança do amigo 
é lenitivo com jeito de talco na ferida. 
A amizade ameniza as tarefas difíceis, porque a gente 
não as realiza sozinho. 
São dois cérebros e quatro braços agindo.
A amizade diminui as distâncias. 
Embora longe, o amigo seja alguém perto de nós. 
A amizade enseja confidências redentoras: 
problema partilhado,
percalço amaciado, 
felicidade repartida, 
ventura acrescida. 
A amizade coloca música e poesia na banalidade do cotidiano. 
A amizade é a doce canção da vida e a poesia da eternidade. 
O amigo é a outra metade da gente. 
O lado claro e melhor. 
Sempre que encontramos um amigo, 
encontramos um pouco mais de nós mesmos. 
O amigo revela, 
desvenda, 
conforta. 
É uma porta sempre aberta em qualquer situação. 
O amigo na hora certa, é sol ao meio dia, estrela na escuridão. 
O amigo é bússola e rota no oceano, porto seguro da tripulação. 
O amigo é o milagre do calor humano, que Deus opera no coração.



Roque Schneider 

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