Na vida, muitas vezes nos encontramos em situações onde fazemos o máximo para agradar, conquistar ou manter alguém em nossas vidas.
Seja em relacionamentos românticos, amizades ou no ambiente profissional, parece que estamos constantemente tentando ser suficientes para os outros.
Contudo, há uma verdade que precisamos aprender e abraçar: você merece ser escolhido por aqueles que também escolhem você.
"Escolha quem te escolhe" não é apenas uma frase; é um princípio poderoso que pode transformar a maneira como você se relaciona com os outros e consigo mesmo.
No mundo de hoje onde somos bombardeados por expectativas sociais e culturais sobre como devemos nos comportar, é fácil cair na armadilha de se esforçar demais para ser aceito.
Muitas pessoas passam grande parte de suas vidas tentando se adequar, modificar suas personalidades ou sacrificar seus desejos e valores para agradar aos outros.
E por que fazemos isso? Porque, em algum nível, acreditamos que não seremos suficientes por nós mesmos, e que precisamos ganhar a aprovação dos outros para merecer amor, respeito ou sucesso.
Mas essa é uma crença destrutiva que pode nos levar ao desgaste emocional e à perda de nossa verdadeira identidade.
Quando você se encontra perseguindo alguém que não o escolhe de volta — seja no amor, nas amizades ou até mesmo em parcerias profissionais — está, essencialmente, negando o seu próprio valor.
Está enviando uma mensagem a si mesmo de que precisa lutar pela validação externa para ser digno de afeto, respeito ou reconhecimento.
No entanto, a verdade é que você já é digno.
Quem te escolhe, o faz porque vê o valor em você, exatamente como você é.
Isso não quer dizer que não devemos nos esforçar para manter relações saudáveis.
O esforço mútuo é uma parte essencial de qualquer relacionamento bem-sucedido.
No entanto, esse esforço deve ser recíproco.
A chave está no equilíbrio: quando escolhemos alguém, precisamos ser escolhidos de volta.
Se você está sempre dando, se esforçando e investindo, mas não recebe o mesmo em troca, está se desvalorizando.
Não se trata de ser egoísta ou narcisista, mas sim de reconhecer seu próprio valor e de estabelecer limites saudáveis.
Escolher quem te escolhe é também um ato de autocompaixão e respeito próprio.
Quando você se cerca de pessoas que genuinamente o escolhem — que valorizam sua presença, que reconhecem suas qualidades e que se comprometem com você da mesma forma que você se compromete com elas —, cria uma rede de apoio e confiança mútua.
Esses são os relacionamentos que realmente importam, aqueles que alimentam seu espírito e o impulsionam para frente.
Por outro lado, quando você se envolve em relacionamentos unilaterais, onde o esforço é desequilibrado, acaba se sentindo exausto e emocionalmente drenado.
Muitas vezes, temos medo de soltar aquelas pessoas que não nos escolhem, por diversas razões: medo da solidão, medo de não encontrar outras pessoas que nos aceitem ou até mesmo a crença de que podemos, eventualmente, conquistar o afeto ou a aprovação que estamos buscando.
Mas continuar perseguindo alguém que não te escolhe de volta é como tentar encher um balde furado — todo o esforço será em vão.
Ao invés disso, é preciso coragem para deixar ir.
Deixar ir aqueles que não podem ou não querem te escolher é um ato de amor-próprio.
E, ao fazer isso, você abre espaço para que pessoas que realmente te valorizam entrem em sua vida.
O processo de escolha mútua envolve vulnerabilidade e honestidade.
Quando você escolhe alguém, está se abrindo para a possibilidade de conexão genuína, mas também se expõe ao risco de rejeição.
E essa rejeição pode ser dolorosa.
No entanto, a rejeição não é algo que deve ser temido; na verdade, é uma bênção disfarçada.
Ser rejeitado por alguém que não o escolhe abre a oportunidade para encontrar alguém que o fará.
É uma questão de perspectiva: cada "não" que você recebe te aproxima do "sim" que realmente importa.
Ao escolher quem te escolhe, você também está assumindo a responsabilidade pela sua própria felicidade.
Em vez de esperar que os outros preencham suas lacunas emocionais ou validem sua autoestima, você está afirmando que é digno de estar em relações que o valorizam.
Você não está mais à mercê das escolhas dos outros; em vez disso, está ativamente escolhendo estar cercado de pessoas que trazem luz e positividade para sua vida.
Esse princípio se aplica não apenas às relações pessoais, mas também ao seu ambiente profissional e às suas amizades.
No trabalho, por exemplo, é importante estar em um lugar onde seu valor seja reconhecido e onde você possa crescer e prosperar.
Escolher um emprego que te escolhe de volta é estar em um ambiente onde suas habilidades são apreciadas e onde você se sente realizado.
Da mesma forma, nas amizades, cercar-se de pessoas que te escolhem significa estar em companhia de pessoas que realmente se importam com seu bem-estar e com quem você pode contar, tanto nos bons quanto nos maus momentos.
A escolha mútua é a base de qualquer relacionamento saudável e duradouro.
Ela cria um senso de igualdade e respeito que é essencial para o desenvolvimento de laços fortes e significativos.
Quando você escolhe alguém que também o escolhe, constrói um relacionamento baseado na confiança, no apoio mútuo e na reciprocidade.
Esses são os relacionamentos que realmente valem a pena nutrir e investir.
Em suma, escolher quem te escolhe é uma prática de amor-próprio.
É uma declaração de que você é digno de ser amado, respeitado e valorizado exatamente como você é.
É um compromisso com sua própria felicidade e bem-estar.
E quando você vive de acordo com esse princípio, não só se torna mais confiante e seguro de si, como também começa a atrair pessoas e experiências que realmente estão alinhadas com quem você é.
Portanto, nunca se esqueça: você merece estar com pessoas que te escolhem.
Não se contente com menos do que isso.
Valorize-se o suficiente para deixar ir o que não serve mais, para abrir espaço para o que realmente importa.
Quando você escolhe quem te escolhe, você vive uma vida mais plena, mais feliz e, acima de tudo, mais autêntica.
Márcia Fernandes
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