quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

Voltar a sonhar - Cesar Romão

Posso ser um sonhador incorrigível, mas ainda acredito que essa é a melhor maneira de encararmos os maiores problemas que o mundo atual tem: globalização, inflação e diferenças sociais.
Vejo que as pessoas vivem hoje da seguinte maneira: administram seus problemas, reclamam de suas frustrações e engavetam os seus sonhos.
Ao invés de sonharem e construírem campos de sonhos, essas pessoas constroem cemitérios de pesadelos, com criptas que levam na lápide: aqui jaz meu sonho de ser feliz, aqui jaz meu sonho de um grande amor...
Aí ficam caminhando por essas criptas, escravas do quando: quando o governo mudar, quando encontrar alguém que me ame, quando tiver o carro que quero, quando estiver no emprego ideal com bom salário, e,  quando percebem, é tarde porque já sepultaram sua fábrica de sonhos.
Desde que o mundo é mundo as mudanças ocorreram e, muitas vezes, trouxeram consigo a necessidade de destruir o velho para nascer o novo.
Tudo muda e sempre vai mudar, porém o ser humano, com a evolução da genética, é o único elemento do Universo que vem sobrevivendo a todas essas mudanças. E agora, mais ainda, quando a idade média da população está aumentando: as pessoas vão viver mais e, portanto, terão de se preparar mais para essa vivência “extra”.
Os sonhos são os nossos pontos de referência, os instrumentos de navegação para vários destinos. Deixar-se levar pelos fatores que não nos permitam aceitar nossos desejos de conquistas profissionais, espirituais e pessoais é um erro.
Quando nos rendemos a este erro, num determinado momento de nossa vida, nos pegamos vivendo o destino que está pronto nas prateleiras do mundo, ao qual eu chamo de destino-commodities, na verdade destino-ovelha, afinal seguimos em frente com o rebanho, tendo as mesmas dores, as mesmas alegrias...
Somos maiores que a nossa imagem refletida no espelho. Existe algo em nós que o espelho não reflete. Mas, como temos por tendência acreditar naquilo que vemos, não nos importamos com o que nos compõe de maneira invisível, mesmo sabendo que é  perceptível.
Sonhar é o nosso mapa de impulso. Muita gente diz que é importante ter objetivos,  metas...
Bem eu também acho, porém, mais importante é sonhar, porque sonhar é a nossa CAUSA. É algo maior que um plano num papel; algo maior que um objetivo ou meta: é uma energia que criamos em nosso corpo e alma alinhada com o Universo, capaz de nos conduzir por caminhos de nosso verdadeiro destino e até mesmo construir caminhos em nosso destino.
Todo sonho tem um preço e é necessário que as pessoas estejam dispostas aos sacrifícios e, talvez, privações temporárias que um sonho cause.
Muitos sonhos são perdidos pelo simples fato das pessoas esquecerem como um dia chegaram lá.
Veja o caso das pessoas que terminam um casamento: talvez tenham se esquecido o que um dia as uniu, que era o amor a verdadeira razão do sonho de se casarem.
Não basta apenas chegar até o seu sonho, é necessário um investimento diário nele.
O sonho é como um daqueles bichinhos-virtuais: tem de ser cuidado toda hora ou, um dia você chega para encontrá-lo e ele não estará mais lá.
Quem sonha com um casamento feliz, tem de entender que ele chega, mas não chega pronto, precisa ser construído.
Por isso meu conselho: nunca desista de seus sonhos.  Não vale a pena.
Se você desistir, carregará a dor de não ter conseguido.
Se persistir, será uma pessoa alimentada pela esperança de um futuro melhor.
E essa esperança no futuro lhe dá força no presente.
Um sonho não termina quando se acorda, ele recomeça, pois é quando a pessoa está acordada, que tem a chance de realizá-lo ou continuá-lo.
Somente pensamento positivo não é o suficiente: é necessária a atitude positiva que transforma seu esforço em resultado nutritivo.
Minha recomendação para você: volte a sonhar!



Cesar Romão

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