De meu mar, ofereço-te as ondas
e as poéticas conchas
que minhas praias te trazem
Tais suaves mistérios te concedo,
mais as algas, e as gaivotas
que bicam tecidos de luz na tarde.
Povoados de ti, de mim,
os barcos que chegam e ardem.
Adere-te, pois, ao sal que em mim te chama,
molha teus pés em espuma e encanto,
cobre teu rosto
nas claras águas que o dia me abre.
(Sosseguem, minhas dorsais;
Descanse meu leviatã escuso.)
Fernando Campanella
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