segunda-feira, 8 de abril de 2013

Reflexão da reclamação sem fim - Paulo Roberto Gaefke

Vivia reclamando que não tinha mais tempo para nada e tinha razão.
Até que naquele mesmo dia foi ao velório do amigo, e viu que quem não tinha mais tempo, era aquele no caixão.


Vivia reclamando do trabalho, começou a fazer hora e até faltar.
No dia do pagamento foi despedido e dizem, até lhe faltou o ar.
Achou injustiça e já faz tempo que está sem trabalhar.



Vivia reclamando da companhia que lhe aturava.
Da comida, dizia que estava salgada.
Do café, que estava amargo e sem sabor.
Em pouco tempo ficou só, perdeu seu amor.
Hoje sente que amava e não soube dar valor.



Para tudo tinha uma explicação, para qualquer coisa errada, um culpado.
Não assumia nada, até que perdeu uma questão.
Viu-se sem amigos e sem aprovação.




Estamos exigindo demais de nós mesmos.
Não nos perdoamos e nem aliviamos as nossas dores.
Somos por vezes, nosso maior inimigo, porque queremos tudo no menor prazo de tempo.
Quase nada conseguimos, não porque nos falta talento, mas porque nos falta uma meta, uma direção.
Nos afundamos na emoção, esquecemos de usar a razão.



E quando vemos o nosso barquinho sem rumo, nos escondemos do mundo, vem a depressão.
Faça escolhas certas hoje, tenha uma direção.
Seu caminho é a felicidade, que pede tão pouco.
Ela quer mais de você, e menos dos outros.



Ame-se profundamente. O bastante para entender o que desejas.
Assim, não aceitarás as migalhas que querem te oferecer.
Receberá o banquete que pessoas especiais como você merecem.
Ame-se!



Paulo Roberto Gaefke

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