A doce tarde morre. E tão mansa
Ela esmorece,
Tão lentamente no céu de prece,
Que assim parece, toda repouso,
Como um suspiro de extinto gozo
De uma profunda, longa esperança
Que, enfim cumprida, morre,descansa...
E enquanto a mansa tarde agoniza,
Por entre a névoa fria do mar
Toda a minhalma foge na brisa:
Tenho vontade de me matar!
Oh, ter vontade de se matar...
Bem sei é cousa que não se diz.
Que mais a vida me pode dar?
Sou tão feliz!
- Vem, noite mansa...
Manuel Bandeira In O Ritmo Dissoluto
A quantas recordações e sensações nos remte este belo poema deste doce poeta...
ResponderExcluirGosto muito.
Abraços e lindo domingo