Conheço muita gente que fica esperando que a empresa ou que outras pessoas lhes forneçam os meios para que aprendam mais, para que cresçam mais. Isso é um grande erro. Outro dia mesmo, numa multinacional de origem americana, havia um supervisor sendo cogitado para ser promovido a gerente. Quando lhe perguntaram se falava inglês, ele respondeu: “Esse é o meu problema. Eu não sei falar inglês”. E é claro, não foi promovido. Ele veio conversar comigo e eu lhe perguntei há quantos anos trabalhava naquela empresa americana. Ele respondeu: “15 anos” e emendou “justo agora que aparece essa minha grande chance, eu fui preterido só porque não falo inglês.” Eu não tive outra reação a não ser dizer a ele o seguinte: “- Você trabalha há 15 anos numa empresa multinacional americana e nunca se interessou em aprender inglês?” Ele respondeu: “- Fiquei esperando que a empresa me fornecesse um curso de inglês e o tempo foi passando…”.
Ninguém investe em pessoas que não investem em si próprias em primeiro lugar. Ninguém gasta vela com mau defunto, como diriam os antigos. Quem tem a primeira obrigação de aprender sobre o que fazemos ou de nos aperfeiçoarmos somos nós próprios. Por menos recursos que tenhamos, é preciso que disponibilizemos dinheiro, tempo e energia para nos aperfeiçoarmos fazendo cursos, aprendendo, nos interessando pelas coisas que fazemos e por novas tecnologias, como aprender a trabalhar com computadores, por exemplo. Se você trabalha em uma empresa que produz ou vende cerveja, trate de saber a diferença entre Pilsen, Bock, Lagger e outros tipos de cerveja. Se você trabalha numa empresa que produz ou vende papel, saiba os vários tipos de papel existentes no mercado mundial e quais os seus usos, e assim por diante. Vá numa biblioteca, pergunte, consulte uma enciclopédia, se interesse, envolva-se com aquilo que faz.
Invista em você em primeiro lugar.
Luis Marins
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