Gilberto nunca se preocupou com o modo de se vestir. Trabalhava numa ambulância, o tempo todo andando pela cidade. Queria usar roupas confortáveis, que lhe facilitassem o trabalho de socorrer vítimas.
Certo dia, uma senhora muito bem vestida foi em direção à ambulância e perguntou, com um ar de superioridade e grosseria, onde estava o médico.
- Boa tarde, senhora. Em que posso ser útil? - respondeu Gilberto.
- Você é surdo? - replicou a mulher. - Não ouviu que eu estou querendo saber onde está o médico?
- Pois não, senhora, eu sou o médico, em que posso ser útil - voltou a responder educadamente.
- O quê? Você é o médico? Com essas roupas eu não ia descobrir nunca.
- Desculpe, senhora. Pensei que estivesse procurando um médico e não um terno.
- Desculpe, doutor. É que vestido assim o senhor não parece um médico.
- Interessante, não é! Eu pensei a mesma coisa quando vi a senhora. Uma mulher tão elegante, com belas roupas. Quando a vi chegar, pensei que iria sorrir e nos cumprimentar com um caloroso “bom dia!”. As roupas normalmente não dizem muito...
Para refletir:
Como os estereótipos influenciam em nossa vida!
No que se refere a roupas, isso é muito forte. O caráter de uma pessoa não está expresso nas roupas que ela usa. As virtudes de uma pessoa não se expressam nas roupas que ela usa.
Lembre-se sempre disso.
Certamente há alguma influência, mas nada é definitivo. Há pessoas que se vestem pensando em se sentir bem, outras para querer impressionar, outras por obrigação etc. Não julgue antecipadamente. Procure conhecer o íntimo das pessoas, sem se ater ao exterior.
As virtudes são reveladas nas mais simples situações do dia-a-dia, por isso não deixe que seus preconceitos atrapalhem tais manifestações. O mais belo traje que podemos usar é a educação.
Darlei Zanon – Parábolas de Virtude
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