segunda-feira, 28 de maio de 2012

Infinito dos dias - Paulo Roberto Gaefke


Imagine olhar para o céu e não ver as estrelas.?
Ir para a praia em dia nublado com ventos gelados?
Pegar ônibus errado e só perceber no ponto final?
Pense em um jantar no restaurante mais chique da cidade e você sem fome?
Já pensou em férias em Bariloche sem neve?
Doce sem açúcar?
Comida sem sal?
Assim é a vida sem o amor, é sem graça,
tudo vai. Tudo, simplesmente passa...
Então, dos 14 aos 99 anos, é preciso não desistir,
buscar de maneira confiante o verdadeiro amor,
não aquele perfeito, cheio de ilusão,
mas o real, aquele que no inicio toca o coração,
que faz as pernas tremerem, a boca secar,
o peito bater mais forte, a visão ficar quase turva,
e durante dias e dias pensar somente na pessoa amada.
Amor daqueles que envelhecem junto com a gente,
de mãos que se procuram e sustentam o passeio,
de ombros que reconfortam e servem de apoio,
de palavras doces que nos empurram para a frente,
de corações cúmplices que sustentam as provas difíceis,
na alegria e na tristeza, na miséria ou na riqueza,
o amor que vence os preconceitos,
que desafia o impossível, o improvável.
Amor, simplesmente amor. 
Aquele que todos tem o direito de encontrar,
e o dever de procurar, sempre, 
pelo infinito dos dias,
enquanto a alma não azedar.

Paulo Roberto Gaefke

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