Veja o caso da repetição: repetir é uma das condições necessárias à aprendizagem.
Dizemos que alguém aprendeu determinada função, ação ou conhecimento, quando é capaz de repetir em situações idênticas ou semelhantes, a mesma sequência, raciocínio ou processo.
Porém, nossa capacidade de repetir nos conduz inúmeras vezes ao engano.
Aprendemos como abrir uma porta, generalizamos este processo e começamos a abrir todas as portas fechadas que encontrarmos... Até que um dia encontramos uma porta que, em várias tentativas, simplesmente, não abre...
Fomos enganados pelo hábito da repetição. Simplesmente, a maçaneta está ao contrário, ou o sentido da chave está invertido. O fato é que ficamos algum tempo paralisados, pensando porque a porta não abre se fizemos tudo direito?
Quando “congelamos” no processo de repetição, ocorreu apenas uma fase do processo de aprendizagem, mas não a mais importante delas: aquela que dá origem, conhecimento.
O conhecimento nos permitirá utilizar respostas diferentes diante de novos desafios.
Foi assim que reagimos diante da porta:
As portas se abrem girando a maçaneta para a direita. Estou diante de uma porta. Giro a maçaneta para a direita e a porta não abre, logo... Não posso abrir essa porta.
Quando o mais correto seria reagirmos assim:
Uma grande quantidade de portas se abre girando a maçaneta para a direita.
Estou diante de uma porta. Giro a maçaneta para a direita e a porta não abre...
Bom... Que tal tentar girar para a esquerda?
Sim, posso abrir essa porta, basta compreender como está fechada, ao invés de ficar repetindo as maneiras como abri as portas anteriores.
É extremamente simples! Na vida, as portas não se abrem sempre da mesma maneira.
Com base neste raciocínio, pare e reflita: quais são as portas que não se abrem na sua vida?
• Você está preso à solidão? Abra a porta para estabelecer relacionamentos.
• Está preso no quarto escuro da mágoa? Abra as portas do perdão.
• Se encontra confinado aos acontecimentos passados? Abra a porta do presente.
• Sente-se aprisionado pelo seu potencial atual? Abra as portas do aprendizado de coisas novas.
• Está preso no quarto escuro da mágoa? Abra as portas do perdão.
• Se encontra confinado aos acontecimentos passados? Abra a porta do presente.
• Sente-se aprisionado pelo seu potencial atual? Abra as portas do aprendizado de coisas novas.
Sim, eu sei, você vai me dizer que já tentou fazer isso várias vezes, mas as portas não se abriram, parecem estar emperradas... Mas, espere um pouco... Será que você girou a maçaneta para o lado certo?
O fato das coisas não darem certo em noventa e nove tentativas, não significa que não darão certo na centésima, especialmente se você tentar de uma forma diferente.
Não viva aprisionado às generalizações. Você não é uma estatística, é um ser de potencial ilimitado.
Não se esqueça também que você pode mudar de porta... As portas que não se abrem servem para duas coisas básicas em nossas vidas:
1) Testar nossa perseverança, garra e inteligência em abri-las;
2) Fazer-nos perceber que nosso caminho não passaria por aquela porta, que estávamos diante da porta errada.
Só os mais experientes e mais sábios descobrem rapidamente a diferença. A maioria das pessoas se engana: insiste na porta errada e desiste da porta certa. Preste atenção nisso!
Labirinto de portas
A vida é um labirinto de portas. Para cada uma que você abrir, outra surgirá, e o que está por trás de cada uma delas, jamais será a mesma coisa. Nem você será o mesmo, dependendo das portas que escolher...
Entre todas essas portas, existe uma fundamental: aquela que só abre por dentro e dá acesso ao seu coração.
É por essa porta que entram a Luz de Deus, o seu verdadeiro amor, os amigos.
E é por ela que você sai do passado, abandona suas mágoas, frustrações e limitações e parte na direção de novas possibilidades e oportunidades.
Essa porta que só abre por dentro também parece não abrir em determinadas situações: inverta o sentido da maçaneta! Porque, na vida, é perdoando que se é perdoado, é amando que se é amado, é dando que se recebe.
Essa porta que só abre por dentro também parece não abrir em determinadas situações: inverta o sentido da maçaneta! Porque, na vida, é perdoando que se é perdoado, é amando que se é amado, é dando que se recebe.
Abra as portas do coração e da alma e, em seguida, vá abrindo todas as portas significativas que a vida colocar à sua frente, menos aquelas que sua própria alma e coração disserem não ser para você!
Não se preocupe em saber a diferença agora. O tempo, a experiência e, sobretudo, um coração humilde lhe ensinarão a reconhecer a diferença.
Há uma porta esperando para ser aberta neste exato momento, só depende de você!
Carlos Hilsdorf
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