O sonho aprendeu a pairar bem alto, lá onde o sobressalto nem sequer nasceu. Namorou a trôpega ilusão, até que trêfego e desajeitado, desprendeu-se de seu reino idealizado, veio pousar tamborilante em minha mão. Assim, aquecido e aconchegado, parece que se esqueceu de ir embora. Na hora em que ressona distraído, eu lhe pingo malemolências ao ouvido, à sua inquietação eu me sujeito. Eis que o sonho dorme agora aqui comigo, seu corpo repousa no meu peito. Flora Figueiredo
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