domingo, 18 de dezembro de 2011
Despedida - Euclides da Cunha
No momento cruel da despedida
Gelado o lábio, mudo, hirto, sem ar,
Eu vi sua alma, de ilusões despida,
Tremer à luz de seu tão triste olhar.
E eu não chorei...Seu peito - a alva guarida
De minha alma - chorava em doudo arfar...
E eu não chorei, mas eu senti a vida
Das lágrimas ao peso se curvar!...
Saí, andei, corri, parei cansado.
Voltei-me e longe, longe eu vi asinha
- Garça de amor fugindo pr'a o passado
Branca, pura, ideal, - sua casinha -
E as lágrimas de amor deixei - domado -
Constelaram de dor a noite minha!
Euclides da Cunha
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