Cora Coralina, pseudônimo de Ana Lins dos Guimarães Peixoto Bretas, nasceu em 20 de agosto de 1889, na Cidade de Goiás, então capital do estado de Goiás.
Filha de um desembargador que faleceu pouco após seu nascimento, Cora teve uma infância marcada por dificuldades financeiras e uma educação limitada, tendo estudado apenas até o terceiro ano do ensino primário.
Desde jovem, demonstrou interesse pela literatura, publicando seu primeiro conto aos 15 anos.
No entanto, sua carreira literária só decolou na terceira idade, quando publicou seu primeiro livro aos 76 anos.
Trajetória Literária
Cora Coralina é reconhecida como uma das vozes mais significativas da literatura brasileira, especialmente por sua habilidade em capturar o cotidiano e a cultura goiana em suas obras.
Seu livro de estreia, "Poemas dos Becos de Goiás e Estórias Mais", foi publicado em 1965 e é considerado uma de suas principais obras.
Ao longo de sua vida, Cora também escreveu contos, crônicas e literatura infantil, destacando-se por sua prosa simples e poética.
Principais Obras
Poemas dos Becos de Goiás e Estórias Mais (1965): Considerada sua obra-prima, este livro reúne poesias que retratam a vida nos becos de Goiás, com suas alegrias, tristezas e costumes.
Meu Livro de Cordel (1976): Nessa obra, Cora Coralina se aproxima da tradição popular brasileira, utilizando a forma do cordel para contar histórias e transmitir seus valores.
Vintém de cobre: meias confissões de Aninha (1983): Um conjunto de poemas que revelam a intimidade da poetisa, com reflexões sobre a vida, o amor e a passagem do tempo.
Estórias da Casa Velha da Ponte (1985): Neste livro, Cora Coralina narra histórias do cotidiano, com um olhar atento para os detalhes e a beleza da vida simples.
Obras Publicadas Postumamente:
- Meninos Verdes (1986): Livro infantil que encanta pela sua sensibilidade e pela forma como retrata a natureza e a infância.
- Tesouro da Casa Velha (1996): Reúne poemas que exploram temas como a memória, a saudade e a passagem do tempo.
- A Moeda de Ouro que o Pato Engoliu (1999): Outro livro infantil que diverte e encanta os pequenos leitores.
- O Prato Azul-Pombinho (2001): Mais um livro infantil que completa a trilogia iniciada com "Meninos Verdes".
- Vila Boa de Goiás (2001): Um conjunto de poemas que celebram a história e a cultura da cidade de Goiás.
Cora Coralina também foi uma figura ativa na sociedade, escrevendo para jornais e participando da política local, além de ter sido eleita para a Academia Feminina de Letras e Artes de Goiás.
Reconhecimento e Legado
Cora Coralina faleceu em 10 de abril de 1985, em Goiânia, devido a complicações de pneumonia.
Seu legado literário é celebrado até hoje, e sua casa, onde viveu na infância, foi transformada em um museu em sua homenagem.
Ela recebeu diversos prêmios e honrarias, incluindo o Troféu Juca Pato e o título de Doutora Honoris Causa pela Universidade de Goiás.
Cora Coralina continua a inspirar novas gerações com suas reflexões sobre a vida, a simplicidade e a beleza do cotidiano, consolidando-se como um ícone da literatura brasileira.
Frases de Cora Coralina
Abaixo estão algumas das frases mais conhecidas e marcantes de Cora Coralina, que retratam sua sabedoria de vida, otimismo e amor pela existência.
1. "Feliz aquele que transfere o que sabe e aprende o que ensina.Vintém de cobre: Meias confissões de Aninha
2. "O que vale na vida não é o ponto de partida e sim a caminhada."Poemas dos Becos de Goiás e Estórias Mais
3. "O saber a gente aprende com os mestres e os livros.Poemas dos Becos de Goiás e Estórias Mais
4. "A verdadeira coragem é ir atrás de seu sonho mesmo quando todos dizem que ele é impossível."Meu Livro de Cordel
5. "Não lamente o que podia ter e se perdeu por caminhos errados e nunca mais voltou."Meu Livro de Cordel
6. "Fiz a escalada da montanha da vida removendo pedras e plantando flores."Meu Epitáfio
7. "Nada do que vivemos tem sentido, se não tocarmos o coração das pessoas."Poemas dos Becos de Goiás e Estórias Mais
8. "Com as pedras que me atiraram, construí a minha obra."Poemas dos Becos de Goiás e Estórias Mais
9. "Aprendi que mais vale lutar do que recolher dinheiro fácil. Antes acreditar do que duvidar."Poemas dos Becos de Goiás e Estórias Mais
10. "Se a gente cresce com os golpes duros da vida, também podemos crescer com os toques suaves na alma."Poemas dos Becos de Goiás e Estórias Mais
11. "Nas palmas de tuas mãos, leio as linhas da minha vida."Poemas dos Becos de Goiás e Estórias Mais
12. "Embora não possamos acrescentar dias à sua vida, podemos acrescentar vida aos seus dias."Poemas dos Becos de Goiás e Estórias Mais
13. "O saber se aprende com os mestres."Poemas dos Becos de Goiás e Estórias Mais
14. "Procuro semear otimismo e plantar sementes de paz e justiça. Digo o que penso, com esperança. Penso no que faço, com fé. Faço o que devo fazer, com amor."Poemas dos Becos de Goiás e Estórias Mais
15. "Eu me esforço para ser cada dia melhor, pois bondade também se aprende."Poemas dos Becos de Goiás e Estórias Mais
16. "Mesmo quando tudo parece desabar, cabe a mim decidir entre rir ou chorar, ir ou ficar, desistir ou lutar; porque descobri, no caminho incerto da vida, que o mais importante é o decidir."Poemas dos Becos de Goiás e Estórias Mais
17. "A vida é uma longa estrada, e a gente vai aprendendo no caminho."Poemas dos Becos de Goiás e Estórias Mais
18. "A vida é uma flor que desabrocha a cada dia."Poemas dos Becos de Goiás e Estórias Mais
19. "A vida é uma viagem, e a gente tem que aproveitar cada momento."Poemas dos Becos de Goiás e Estórias Mais
20. "A vida é um presente, e a gente tem que agradecer por cada dia."Poemas dos Becos de Goiás e Estórias Mais
21. "Eu sou a terra, eu sou a vida. Do meu barro primeiro veio o homem. De mim veio a mulher e veio o amor. Veio a árvore, veio a fonte. Vem o fruto e vem a flor."Poemas dos Becos de Goiás e Estórias Mais
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