quarta-feira, 11 de julho de 2012

Variações do Humor/Amor - Paulo Roberto Gaefke

Pois é, tem dias que parecem noites longas,
e noites que parecem perdidas no tempo.
Tudo se arrasta…
As horas, os pensamentos, o enjôo…
Nada parece caber em nós mesmos.
Não nos suportamos e ainda por cima,
temos alguém para “conviver”.

Quando tudo está de cabeça pra baixo,
pode apostar que a coisa mais chata que existe no mundo
é aquela famosa pergunta básica:
- O que é que você tem?
E você só tem: tudo!
Não há definição para o tudo!
Tudo incomoda, tudo é insuportável,
até mesmo essa perguntinha tão simples,
tão boa e as vezes, tão preocupada.

Com a visão “perfeita do amor” que carregamos,
nos sentimos muito mal por estarmos mal
e com uma vontade sinistra de “agarrar esse pescoço lindo”
de quem a gente ama, mas que acaba nos irritando.
Só porque estamos irritados, tensos, perdidos.
Para as mulheres, pode ser a “TPM“,
para os homens “T.P.T” (tensão pré-troglodita”)
é quando nossos hormônios fervem.

O melhor nesses dias é aquele jogo de sinceridade,
aquela palavra olhos nos olhos que falam:
- Eu não estou bem e preciso silenciar.
É ai que o casal maduro (não de idade, mas de conhecimento),
se fecha em profundo respeito e aquela mão no ombro,
diz mais que mil palavras.
Fala silenciosamente:
- Se você precisar, eu estou aqui!

Isso é maturidade no amor que vai durar muito tempo.

Paulo Roberto Gaefke

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