Esta premissa nos leva à ilusão de que é necessário que nos transformemos em seres perfeitos, onde a fragilidade, a dúvida e a incerteza jamais tenham lugar.
Ocorre que o erro, a experimentação e as tentativas, são as únicas maneiras de descobrirmos o caminho onde nos sentiremos felizes e integrados com nossa real natureza.
Entretanto, a insegurança gerada pelo excesso de cobrança paralisa e faz com que nos sintamos incapazes sempre que não obtivermos o topo, o lugar mais valioso, de acordo com os valores do mundo.
O ego, que é direcionado por esta ilusão, faz com que muitos seres humanos não consigam valorizar suas pequenas conquistas, por considerá-las inúteis para obter o reconhecimento alheio.
Enquanto seguirmos determinando nosso valor pelos parâmetros exteriores, será difícil atingir um estado de paz, harmonia e equilíbrio, que nos permita experimentar a felicidade a cada dia, simplesmente usufruindo das inúmeras maravilhas existentes no mundo.
Seguiremos ansiosos, depressivos e insatisfeitos, tentando preencher um vazio que nunca se completa, pois tem como diretriz a conquista de coisas absolutamente ilusórias.
É tempo de, finalmente, reconhecermos que o mais extraordinário objetivo da vida é vivê-la em plenitude, desfrutando de cada momento com total entrega,
e a consciência acerca do valor intrínseco que todos possuímos, não por alcançarmos conquistas extraordinárias, mas pelo simples fato de sermos expressões individualizadas do divino.
Elisabeth Cavalcante
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