quarta-feira, 14 de março de 2012

A felicidade - Augusto Branco

O tempo passa, e nós mudamos tanto...
Ficamos tão sérios, tão preocupados,
e sempre tão sem tempo pra coisa alguma.

De repente, alguém disse que para sermos felizes,
o que precisamos é ter um bom emprego, uma bela casa,
o carro do ano, os aparelhos e as roupas da moda
e, claro, termos muito dinheiro na conta.

E nós, bobos, seguimos atrás destas coisas cegamente, aficcionadamente,
entregando-nos a uma vida afogada em trabalho, estudos, metas,
e uma constante insatisfação.

Mas se olharmos para trás,
ainda poderemos lembrar de um tempo
em que era até engraçado não ter dinheiro
e fazer vaquinha pra pagar a conta da lanchonete com nossos melhores amigos.

Se não conseguíamos ir todos juntos para a festa
ou para o show da hora,
fazíamos nossa festa na casa de alguém,
ou na rua, mesmo,
porque nossa verdadeira festa era estarmos juntos,
sorrindo uns com os outros.

Mas...
Para onde foi esse tempo?
Para onde foram os amigos?
Para onde estamos indo nós?

Nós nascemos muito felizes.
Crescemos naquilo que pode ser
a expressão mais tangível da felicidade possível,
mas aos poucos vamos trocando isso por outros valores,
como sucesso profissional e sucesso financeiro...

Bem aventurado é aquele que consegue acordar a tempo de perceber
que melhor do que fazer horas extras no trabalho
ou perder noites de sono em algum projeto ou pesquisa,
é sempre reservar um tempo para preservar suas amizades,
se dedicando às pessoas que ama,
à sua família.

A felicidade está conosco o tempo todo,
nós é que muitas vezes não damos a menor bola pra ela...

 Augusto Branco

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