terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Vidas certinhas - Paulo Roberto Gaefke




Um dia, não me lembro bem quando,
resolvi que iria levar uma vida certinha,
para que a felicidade, por fim,
viesse ter na minha casa.

Resolvi que não iria mais contar meias verdades,
nem aceitar meias mentiras, e falar a verdade,
doesse a quem doesse, assim,
lavaria minhas mãos de qualquer engano,
estaria livre das maldades das pessoas.
Mas, descobri no dia a dia,
que quanto mais objetivo eu tentava ser,
mais distante ficava das pessoas,
magoei muita gente, perdi amigos.

Descobri que a verdade pura e simples,
pode ferir mais que uma faca afiada,
pode doer mais que uma bofetada.
Descobri que o ser humano precisa de um pouco de ilusão,
encobrir certas verdades com uma camada de sonho,
acreditar no que acredita para seguir adiante,
e, principalmente, aprendi que,
não existem regras para todas às questões
mas questões e dúvidas para todas às regras.
Ser sincero, não significa ferir,
e omitir, nem sempre significa mentir.

Paulo Roberto Gaefke

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